Thursday, August 27, 2009

Gosto de escrever porque sim. Gosto de escrever para sossegar a alma. Gosto de escrever porque me arruma as ideias. Gosto de escrever quando tenho coisas para dizer. Importantes ou fúteis. Gosto menos de escrever quando há um calendário a respeitar. Detesto dead-lines. Atrofiam-me. E as ideias parece que encolhem. Como um pénis em contacto com água fria. A sério…
Gosto de escrever fora de horas. Gosto de escrever dentro de horas. Gosto de escrever quando estou só. Ou quando me sinto só. Gosto de escrever todos os dias. Um parágrafo, dois ou mais. Gosto de escrever para mostrar. Gosto de escrever para esconder. Gosto de escrever para dissimular. Gosto de escrever para brilhar. Gosto menos de escrever quando me traçam balizas. Fico fora de jogo. A bola não flui da mesma forma. A sério…
Gosto de escrever com o coração. Gosto de escrever com os pés. Gosto de escrever sem filtros de espécie alguma. Gosto de escrever ao sabor do momento. Seja ele dor, felicidade ou capricho.

Tuesday, August 25, 2009

Querido blog, hoje acordei triste. Com uma sensação amarga. Não falo do amargo de boca característico de quem acaba de acordar. O amargo que sinto não desaparece com uma escovagem de dentes.
Não sei explicar muito bem o que se passa… Tenho a mania que sou intuitiva e controlo tudo à minha volta. Na verdade, a intuição apenas me traz sofrimento ao quadrado. E isso é tão estúpido quanto triste. É que já não basta o sofrimento que se segue. Eu sofro também o sofrimento que antecede. Desculpem os pleonasmos, mas quando estou neste estado de alma sou fã acérrima das figuras de estilos. Não há como redundâncias e contradições para espelhar a cores a confusão dos meus pensamentos.
Às vezes, penso que tenho um distúrbio mental grave. Chego mesmo a equacionar a esquizofrenia como possibilidade. É que num momento estou muito feliz e a sentir-me a mulher mais afortunada do mundo. E, quase a seguir, caio num pranto de colossal tristeza. O facto de ser gaja e ter as hormonas em batalha não ajuda. Agora que “desbafei”, como diz uma amiga from England, já me sinto melhor. Aliás, já me sinto ridícula. Com o alarde criado à volta de nada. Incontornável. Esta minha dualidade…O que vale é que estou na contagem decrescente para o fim do dia. Pressinto um dia de sol amanhã. Literal e metaforicamente falando.