A menina de Câmara de Lobos deixa-se de merdas e reconhece
a fragilidade do momento. Afinal, a euforia é irmã gémea da depressão.
Está triste. Ponto. Não adianta armar-se em alegre se os
seus olhos de mar agitado estão melancólicos. Está de coração partido. Ponto.
Ou talvez ponto e vírgula… Mas de pouco serve procurar amor em ocasionais abraços musculados. É
iludir a cama que, logo a seguir, fica ainda mais vazia.
“A vida necessita de pausas.” A frase de Carlos Drummond
de Andrade, lida por estes dias num lugar qualquer, tem agora a força de um mantra. Como se ele a tivesse escrito inspirado em Maria do Mar. Ou melhor, com o propósito de inspirá-la. Ela assim entende. E decide fazer uma viagem. A solo.