“Tenha cuidado com a tristeza, é um vício.” Flaubert tem razão.
Maria do Mar sabe que é assim. E segue a vida sem os nós do passado. A não ser
uma ou outra memória sorrateira. Foi breve o período de luto. Doído. Confuso. Ensopado de
lágrimas. Indagado. Mas breve.
Um dia, sem pré-aviso, sai do casulo. Como a borboleta. E dá
o ar da sua graça. Mais desajeitada do que graciosa. Sem saber em que
flores poisar. Em pleno estado de alucinação, esvoaça por entre umas e outras. O importante é perceber
que sabe voar.
E percebe.
E percebe.
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