Tuesday, July 14, 2015




“Tenha cuidado com a tristeza, é um vício.” Flaubert tem razão. Maria do Mar sabe que é assim. E segue a vida sem os nós do passado. A não ser uma ou outra memória sorrateira. Foi breve o período de luto. Doído. Confuso. Ensopado de lágrimas. Indagado. Mas breve.
Um dia, sem pré-aviso, sai do casulo. Como a borboleta. E dá o ar da sua graça. Mais desajeitada do que graciosa. Sem saber em que flores poisar. Em pleno estado de alucinação, esvoaça por entre umas e outras. O importante é perceber que sabe voar. 
E percebe.

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