Tuesday, May 31, 2011

Sorumbática. É como estou neste dia de chuva sem graça. Não faz frio nem calor. A sensação é de que acordei para me deixar ficar na cama. Ou no sofá. De manta aos pés e comando na mão. A visionar filmes românticos de qualidade discutível. Com um universo incomensurável de bolachas por companhia. De chocolate, claro. Por muito que se colem aos dentes. E se grudem nas ancas. Porque sim. Porque há prazeres que justificam. Apesar da factura que venha a pagar…

Friday, May 20, 2011

Sou de elogio fácil. Talvez por isso a minha mágoa e até desconfiança em relação às pessoas parcas em elogios. Fácil mas nem por isso menos honesto. Se gosto não me coíbo de expressar. Faço-o em relação a tudo: um look, uma obra de arte, uma atitude, um corte de cabelo, uma cor de um batom…

Às vezes fico doída com a falta de companheirismo, ou deverei dizer amizade?, dos meus amigos. Tenho este blog há anos sem algumas das pessoas que me são mais chegadas o terem visitado. E se o fizeram, fizeram-no pela calada. Sem manifestação. In loco ou outra. Apesar das minhas investidas. Que têm sido mais do que suficientes. Umas tácitas. Outras bem directas por sinal. E nada. Dói-me a indiferença, real ou aparente, daqueles que gosto.

Thursday, May 19, 2011

Estava eu a deambular por um site de emprego, a perscrutar a secção de comunicação e recursos humanos (just in case), quando me deparo com a seguinte oferta: “Faço broxes bons e baratinhos. Aproveitem fôfos.” Estou a transcrever ipsis verbis.
Depois de rir que nem uma perdida, fiquei a indagar: esta é puta batida ou recém-chegada à actividade? Seja nova ou pró, “bons e baratinhos” indicia desespero. Tipo pregão. Neste caso,  vende-se carne e não peixe.

Monday, May 09, 2011

Lembrámo-nos este fim de semana que estamos juntos há oito anos. Tenho feito por não contabilizar. Sou naturalmente adversa a datas e compromissos. Sempre me assustou a longevidade das relações. Considerava-a sinónimo de cumplicidade mas também de falta de chama. Agora sei que não é assim. Ou por outra, não tem de ser assim…
Quase me perco da intenção do texto. Que é anunciar-vos: estou apaixonada. Uns dias mais do que outros. Hoje estou mesmo muito, muito, muito. O amor renova-se a cada gesto. Já sabia que era assim. Agora tenho mesmo a certeza absoluta. Como costumava dizer quando era miúda, absoluta, sintética e analítica.
Há pouco, a sair de casa ouço o “Je t’aime Moi non Plus” no telemóvel. É o toque do meu amor. Identifico-me com o atrevimento apaixonado de Serge Gainsbourg e Jane Birkin. Tem a ver connosco.
“O que terá esquecido desta vez?”, pensei com a falta de paciência característica das manhãs de segunda-feira. Do outro lado, era a voz dele feita mel: “Amo-te muito, muito, muito. Tem um dia óptimo.” Deste lado, onde me encontrava, derreti-me. De tal forma que não encontrei palavras à altura do momento. Apenas consegui balbuciar “Também te amo muito.” Esqueci-me de reforçar. Muito, muito, muito.