Um dia vou ser capaz
Um dia vou ser capaz...
De dar apenas o que mereces receber.
De contar apenas com o que podes dar.
De perceber que não és comigo
A projecção do que sou contigo.
Um dia vou ser capaz...
De não questionar as nossas diferenças.
De entender que o teu sentir
Não é decalcado do meu.
Um dia vou ser capaz...
De pedir-te absolutamente nada.
Wednesday, July 26, 2006
Monday, July 24, 2006
Somos mais felizes quanto mais “tolos” somos. Os problemas surgem quando temos noção do que se passa. Da maldade, do ridículo, da mentira, do escárnio, da deslealdade... Enfim, de tudo o que nos impede de sermos realmente felizes. Sem essa consciência, tudo é lindo. Tudo é fácil.
Conheci uma triste menina alegre, a Joana. Tal é a suplece com que encara tudo o que faz, costumam chamá-la de “Joana no País das Maravilhas”. Vive como se nada fosse consequência de nada. Ou melhor, sem a menor preocupação com o “devir” dos actos. Seus e das pessoas que a envolvem. Fala, ama, faz sexo e usa aditivos com a mesma leveza que respira. E segue a vida numa vertigem quase insana. Apenas a galope dos seus caprichos. Sem quaisquer filtros. Sem moral. E, por vezes, até sem respeito pelos códigos sociais.
Tão parecida comigo quando tinha dezoito anos. Tão diferente de mim agora, com trinta e sete e talvez um pouco menos feliz.
Não quero voltar a ser como a Joana, pateticamente encantada com a vida. Não pretendo alhear-me do mundo para poder viver nele. Não me apetece fazer essa regressão. O caminho faz-se caminhando. Para a frente. Ou noutra direcção qualquer. Mas nunca para trás.
A minha vontade é conciliar-me comigo. Espiritualmente. E, tal como o Siddartha de Herman Hess, encontrar um santuário dentro de mim. Um refúgio “abençoado” para recolher-me sempre que a vontade quiser. E a alma precisar. Só assim vou encontrar a via da serenidade. Quase não tenho dúvidas. Vou ser mais feliz quanto menos “tola” for.
Conheci uma triste menina alegre, a Joana. Tal é a suplece com que encara tudo o que faz, costumam chamá-la de “Joana no País das Maravilhas”. Vive como se nada fosse consequência de nada. Ou melhor, sem a menor preocupação com o “devir” dos actos. Seus e das pessoas que a envolvem. Fala, ama, faz sexo e usa aditivos com a mesma leveza que respira. E segue a vida numa vertigem quase insana. Apenas a galope dos seus caprichos. Sem quaisquer filtros. Sem moral. E, por vezes, até sem respeito pelos códigos sociais.
Tão parecida comigo quando tinha dezoito anos. Tão diferente de mim agora, com trinta e sete e talvez um pouco menos feliz.
Não quero voltar a ser como a Joana, pateticamente encantada com a vida. Não pretendo alhear-me do mundo para poder viver nele. Não me apetece fazer essa regressão. O caminho faz-se caminhando. Para a frente. Ou noutra direcção qualquer. Mas nunca para trás.
A minha vontade é conciliar-me comigo. Espiritualmente. E, tal como o Siddartha de Herman Hess, encontrar um santuário dentro de mim. Um refúgio “abençoado” para recolher-me sempre que a vontade quiser. E a alma precisar. Só assim vou encontrar a via da serenidade. Quase não tenho dúvidas. Vou ser mais feliz quanto menos “tola” for.
Thursday, July 20, 2006
Amor sem amor se apaga
“Amo-te muito, muito, muito...”
Ela deixou de acreditar na melodia das declarações dele. Quem ama cuida. Ele não fez isso. Nunca. Ela esperou pelos sinais. Do amor. E do respeito. Esperou tanto que ficou com dúvidas. Muitas dúvidas.
Um dia, acordou angustiada. Antes de sair – talvez para sempre – deixou-lhe uma nota. “Desculpa, mas amor alimenta-se de amor. Preciso de olhar para dentro de mim e perceber o que sinto. Pela primeira vez, questiono os meus sentimentos por ti. Era desleal ocultar-te isto.”
Pouco depois de chegar e aterrar no sofá, ele descobriu a mensagem. Leu-a vezes sem conta. Mas deixou-se ficar. Quieto. Ela não voltou mais.
“Amo-te muito, muito, muito...”
Ela deixou de acreditar na melodia das declarações dele. Quem ama cuida. Ele não fez isso. Nunca. Ela esperou pelos sinais. Do amor. E do respeito. Esperou tanto que ficou com dúvidas. Muitas dúvidas.
Um dia, acordou angustiada. Antes de sair – talvez para sempre – deixou-lhe uma nota. “Desculpa, mas amor alimenta-se de amor. Preciso de olhar para dentro de mim e perceber o que sinto. Pela primeira vez, questiono os meus sentimentos por ti. Era desleal ocultar-te isto.”
Pouco depois de chegar e aterrar no sofá, ele descobriu a mensagem. Leu-a vezes sem conta. Mas deixou-se ficar. Quieto. Ela não voltou mais.
Monday, July 10, 2006
Já disse hoje....
Já disse hoje que te amo muito, muito, muito?
E que és o ser da minha existência?
E que pensar em ti é tesão?
E que quando não estás fico num desassossego de alma?
E que as saudades vêm potenciar a enormidade da minha paixão?
E que durmo abraçada à almofada para te sentir mais perto?
E que beijo os meus braços fingindo serem os teus lábios a fazê-lo?
E que amar-te é o minha droga predilecta?
E que sou incapaz de passar às palavras a vertigem que me despertas?
E que fecho os olhos vezes sem conta para sentir o cheiro da tua nuca?
E que estou a contar os minutos de todas as horas à espera de ver-te chegar?
E que não acredito haver amor maior do que o nosso?
E que os meus olhos humedecem quando penso que quase nos perdemos?
E que graças a ti sou hoje uma pessoa melhor?
E que quero morrer antes do nosso amor acabar?
E que estou a chorar?
Já disse hoje que te amo muito, muito, muito?
E que és o ser da minha existência?
E que pensar em ti é tesão?
E que quando não estás fico num desassossego de alma?
E que as saudades vêm potenciar a enormidade da minha paixão?
E que durmo abraçada à almofada para te sentir mais perto?
E que beijo os meus braços fingindo serem os teus lábios a fazê-lo?
E que amar-te é o minha droga predilecta?
E que sou incapaz de passar às palavras a vertigem que me despertas?
E que fecho os olhos vezes sem conta para sentir o cheiro da tua nuca?
E que estou a contar os minutos de todas as horas à espera de ver-te chegar?
E que não acredito haver amor maior do que o nosso?
E que os meus olhos humedecem quando penso que quase nos perdemos?
E que graças a ti sou hoje uma pessoa melhor?
E que quero morrer antes do nosso amor acabar?
E que estou a chorar?
Friday, July 07, 2006
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