Monday, August 21, 2006

Carta ao meu amor

Sabes amor, hoje acordei triste. Triste, triste, triste. Tudo à volta era cinzento. Adormeci num soluço. Com a falta do teu beijo. O beijo fôfo que me dás todas as noites. A acompanhar os votos de bons sonhos. Esta noite, esqueceste-te do beijo. Não há razões para fazer dramas. Eu sei. Estavas cansado. Tiveste um dia complicado. Ainda por cima, esperaste por mim algumas horas. Estavas contrariado. Percebo tudo isso. Agora vê se me entendes... Esta manhã, não me apeteceu ir ao encontro dos teus braços escancarados. Mais, a mágoa que tinha virou raiva quando percebeu a vontade de me envolveres num abraço. Todo dengoso. Todo lânguido. Indiferente à minha sensibilidade.
Sabes amor, estou longe de ser perfeita. Quando estou magoada não consigo fazer como se nada fosse. Sempre que o faço para fora, cresce em mim uma dor galopante por dentro. Daquelas que abrem um fosso tremendo (entre nós). Por outro lado, quando reajo, reajo mal. De forma quase primária. Não consigo dosear a explosão. Ainda não aprendi a arte do disfarce. Não em matéria de amor. Não queria dizer-te o que disse. Fi-lo para vingar a minha dor pequenina. Escavei uma dor maior. Feita da minha e da tua. Sabes amor, peço desculpa...

3 comments:

Anonymous said...

Nada do que posas dizer fará dissipar o interior da tua ausência

Anonymous said...

G. Escreve para o meu mail. Preciso de ler as tuas palavras. Fazes-me falta - B.

Anonymous said...

Também me fazes falta, apesar do meu longínquo silêncio. Liga-me.