Tuesday, March 23, 2010

Hoje é o primeiro dia do resto deste texto. Não sei bem o que vai sair daqui… Para dizer a verdade, não quero saber. Gosto de escrever sem balizas. Por dois motivos: o primeiro e mais importante, é o prazer imediato de registar o que sinto sem trair o meu sentido estético. O segundo, e perdoem-me a petulância, é que pode até ser que estas baboseiras venham a encontrar eco desse lado.
Hoje está um dia taciturno. Chove e a noite chegou com mais pressa do que é costume. O dia ideal para focar-me no intento de escrever. Até agora, ainda não disse nada de novo. Apenas justifico. Uma tendência minha, aliás: justificar, contextualizar, entender… Sou tão Calimero que mete dó. Como se tudo tivesse que ter um enquadramento lógico, legal ou moral. Super irritante. É uma especie de censor que me faz sentir culpa very often. Não gosto disto. Se esta nuvem não me perseguisse seria mais feliz. Costumo dizer que a puta da educação me persegue. E castra. Enfim… Vivo em constante dualidade: entre o que faço e o que me apetece fazer. Sinto que está na hora de implodir muralhas. Tenho quarenta anos. Não conto viver outros quarenta. E quero abraçar os próximos quinze com intensidade. Sem culpa. Sou curiosa e adepta fervorosa de novos desafios. Apetece-me ousar...

2 comments:

Unknown said...
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Unknown said...

... Quando nos apetece "ousar" é porque algo não está bem, e damos a descupa "vou ousar". Porque - quer se queira quer não - serve de desculpa para tudo, e tudo cabe na "ousadia" que queremos fazer... Certo?

beijo,
Eu!