Monday, June 26, 2006

Alegre apesar de triste

Não me venham com palmadinhas nas costas nem paninhos quentes... Abomino qualquer tipo de comiseração. Desde já, faço questão de sublinhar: eu não sou triste. Jamais. Sou uma pessoa alegre que, neste momento, está triste.
Não estou deprimida. Nem melancólica. Estou triste. Sim, porque as pessoas entristecem às vezes. Não é nada de extraordinário. Acontece. Não é estrutural. É conjuntural, graças a Deus. É um estado de transição, se quiserem. Quando se está triste é porque logo, logo se vai estar menos triste. E, se calhar, alegre. É isso que nos move. Essa busca incessante pela felicidade. Senão, que graça teria isto de viver?
Não percebo por que a maior parte das pessoas se sente “comprometida” com a tristeza dos amigos... Sem jeito. E sem graça. Não merece a pena. Todos nós passamos por este estádio. Mais, ou menos vezes. Mais cedo ou mais tarde. Faz parte da condição humana. Faz parte do crescimento. O que não podemos é desacreditar. É perigoso ficar de braços cruzados, a girar à volta da mágoa. Dalai Lama, do alto da sua sapiência, relativiza muito bem a vida. Diz ele: “Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro amanhã. Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver.” É isso. O ciclo da vida continua. Não se esgota nunca.

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