Tuesday, October 11, 2011

Nada acontece por acaso. Há sempre factos a desencadearem outros. A inevitável relação causa-efeito. Há duas semanas, uma jovem que conheço perdeu a vida num acidente estúpido. Como, aliás, são sempre estúpidos os acidentes. Foi uma grande perda para as pessoas que gostam dela. E são muitas.
Nunca fomos íntimas. Mas sou uma dessas pessoas. Gosto dela. Leve, educada, atenciosa, querida e muito bonita. E nem tem 30 anos ainda. Estou a falar no presente do indicativo de propósito. Ela deixou-nos mas continua a ser amada. O pretérito saberia a desrespeito. 
Conto-vos isto à laia de preâmbulo. Para explicar  sobretudo como a morte desta jovem precipitou algumas decisões na minha vida. De forma inadvertida, claro. Alertou-me para a urgência de ser feliz. Admitir que não era doeu muito. Tanto que a partir daí foi tudo mais fácil. Comecei por reconhecer a inércia dos meus dias. Decidi, então, mandá-la às urtigas. Fi-lo num estalar de dedos. Sair do “conforto”, ainda  que aparente, é desconfortável. De maneira que o melhor é fazê-lo da forma mais rápida possível. Assim não há tempo para arrependimentos. Isto de dar um passo à frente e dois para trás, ou vice-versa, não é para mim.
Hoje “é o primeiro dia do resto da minha vida”. Falta-me perspectiva para avaliar o impacto da minha decisão. Para já, tenho o enorme desejo de superar-me e experienciar novos desafios. Só posso prometer uma entrega de cabeça e alma. E correr atrás de ser feliz. 

2 comments:

Ana Marinho said...

Sabias que és uma mulher maravilhosa?? Eu sei que sabes:) Mas eu não me canso de o dizer:)

Anonymous said...

"...Para explicar sobretudo como a morte desta jovem precipitou algumas decisões na minha vida. De forma inadvertida, claro. Alertou-me para a urgência de ser feliz. Admitir que não era doeu muito." É esta tua forma de escrever, simples, mas com intensidade, que cativa!! Gosto de te ler!!!